Atividade para os 8os. anos da E. M. E. F. Herbert José de Souza
Disciplina: História Prof. Camila
Expansão Marítima Portuguesa
Com
a tecnologia naval desenvolvida no século XV, os portugueses começaram a
explorar a África, estabelecendo uma série de entrepostos no
litoral do continente. Em 1486, Diogo Cão contornou o Golfo da Guiné e chegou
até o Rio Congo (atual Namíbia). Pouco depois em 1488, o navegador Bartolomeu
Dias contornou o Cabo da Boa Esperança, atingindo o extremo sul do continente
africano. Uma década depois, Vasco da Gama chegou a Calicute, fundando o
primeiro entreposto português na Índia. Foi também procurando outra rota
atlântica para a Índia que, em 1500, Pedro Álvares Cabral chegou às terras que
mais tarde fariam parte do Brasil.
Razão econômica para o comércio a
longas distâncias:
Para entender melhor a razão destas
viagens ultramarinas ibéricas é necessário visualizar o contexto econômico
europeu do século XV chamado de capitalismo comercial. Capitalismo
Comercial é o sistema econômico cujo objetivo é o lucro, obtido mediante
trocas comerciais a longas distâncias presente em uma sociedade que ainda não
desenvolveu a industrialização.
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Entre as razões que motivaram a empreitada
portuguesa, destacam-se:
·
O desejo de se apoderar do ouro
da Guiné: Portugal era um dos poucos reinos da Europa que não tinham moeda
nacional de ouro desde 1383. Uma das funções da moeda, além de servir como
objeto de troca e como medida comum de valor, era garantir a
credibilidade do dinheiro circulante, por isso simbolizava a riqueza
(as reservas) de cada nação. Com o ouro vindo da África, em 1457,
a Casa da Moeda de Lisboa retomou a cunhagem das moedas em ouro.
·
A busca de especiarias orientais:
A partir da década de 1480 os portugueses buscaram quebrar o monopólio
veneziano do comércio de especiarias feito por terra.
Experiência portuguesa na China
De
acordo com K. M. Panikkar os mercadores portugueses não obtiveram o sucesso
pretendido em solo chinês cuja família governante era a dinastia
Ming. Segundo Panikkar:
O imperador,
devidamente informado da chegada de Pires [mercador português], enviara-lhe,
após o prazo de rigor uma salvaguarda para Pequim.
Porém, ao mesmo tempo, a corte dos Ming recebeu informações não muito
favoráveis aos portugueses; os sultões malaios haviam
solicitado socorro ao seu suserano contra os chegados; o sultão
de Bitang, principalmente, pusera o governo de Pequim em guarda contra os
portugueses, que, segundo dizia ele, dissimulavam sob seus trajes
de comerciantes a espada do guerreiro e do conquistador. Chegara a fazer uma
exposição completa dos métodos portugueses no oceano Índico. Embora levado
assim à desconfiança, o imperador não se negou a receber o embaixador
e, [...] fê-lo vir a Pequim. Durante o tempo que Pires levou para chegar à
capital, os portugueses deram prova de que era impossível confiar neles. Simão
de Andrade, irmão do almirante que trouxera Pires, [...] tinha
simplesmente a intenção de instalar-se no país; desembarcou com um destacamento,
começou a edificar um forte, e foi preciso que a frota chinesa
entrasse em cena para que ele se retirasse. Ao saber das piratarias
de Simão Andrade, o governo voltou atrás em sua decisão, recambiou
o embaixador para Cantão onde ficou preso até a morte, em 1523.
(PANIKKAR, 1977, p. 74)
A empreitada
expansionista portuguesa tinha o objetivo de lucrar mediante o comércio a
longas distâncias. Embora fatores como a centralização do Estado,
a união da classe detentora de capital com a monarquia
portuguesa garantisse relativo sucesso nas costas africanas, o mesmo não
ocorreu em solo asiático, o imperador chinês estava ciente dos procedimentos
adotados pelos europeus ao desembarcarem nos solos estrangeiros. Cabe
lembrar que o Império chinês estava há muito plenamente consolidado,
impediu a rapina portuguesa.
Referências: ALVES, Letícia Fagundes de Oliveira. Conexões com a
História. Volume I. São Paulo: Moderna, 2010.
PANIKKAR, K. M. A dominação ocidental na Ásia do século XV aos nossos
dias. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1977.
1. Construir um vocabulário com as palavras sublinhadas do texto:
Marcar com “X” a resposta certa:
2. Por capitalismo comercial
entendemos:
A, ( ) Sistema
socioeconômico baseado na propriedade privada, cujo objetivo é o lucro obtido
mediante a produção industrial.
B, ( ) Sistema
socioeconômico baseado na propriedade coletiva de bens, cujo objetivo é a
redução das desigualdades sociais.
C, ( ) Sistema
socioeconômico baseado na propriedade privada, cujo objetivo é o lucro obtido
através do comércio a longas distâncias.
3. De acordo com o texto, uma das
razões que motivou as empresas portuguesas às grandes navegações foi:
A, ( ) A
acessibilidade para a navegação no Mar Mediterrâneo que ligava uma série de
Impérios beira-mar.
B, ( ) A
busca por metais preciosos sendo que a riqueza das nações estava baseada no
acúmulo de ouro, prata, etc.
C, ( )
Nenhuma das alternativas.
4. Ainda de acordo com o texto, os
portugueses estabeleceram entrepostos em pontos da costa africana. A
alternativa que concorda com esta afirmação é:
A, ( ) Ao
desembarcar em solo africano, os europeus adentraram o território em busca de
seres humanos para a escravização e venda no continente americano.
B, ( ) Inicialmente os
mercadores estabeleceram depósitos de mercadorias comercializadas no litoral
africano.
C, ( ) Nenhuma
das alternativas acima.
Responder com suas palavras:
5. Por que o Império chinês impediu que
os mercadores portugueses estabelecem o comércio?
6. Explique o seguinte fragmento:
“[...] segundo o sultão de Bitang os portugueses dissimulavam sob seus trajes
de comerciantes a espada do guerreiro e do conquistador.”
7. Representar em quadrinhos a
experiência portuguesa no solo chinês no século XV:
Completar:
8-9. Em 1486, Diogo Cão contornou
o________________e chegou até o Rio Congo (atual Namíbia). Pouco depois em
1488, o navegador Bartolomeu Dias contornou o ______________________, atingindo
o extremo sul do continente africano.
10. Vasco da Gama chegou a
____________, fundando o primeiro entreposto português na Índia.
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