sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

Construção de Mediatecas a partir do início de Janeiro

ANGOLA - O Ministério das Telecomunicações e Tecnologias de Informação apresentou na terça-feira, em Luanda, os dados do processo de selecção dos primeiros quadros que vão integrar e impulsionar a Rede angolana de Mediatecas (ReMA) que, segundo o vice-ministro Pedro Sebastião Teta, começa a funcionar em seis províncias, no ano que vem.
 
A ReMA é um projecto-piloto que está a ser desenvolvido nas localidades de Benguela, Lubango (Huíla), Huambo, Saurimo (Lunda-Sul) e Soyo (Zaire), com base num contrato estabelecido com o governo cubano. Acções idênticas para formação dos seleccionados da província de Luanda arrancam em Janeiro próximo, visando conferir competência e conhecimento ao capital humano necessário.
 
A construção das infra-estruturas para a instalação da Rede de Mediatecas está prevista para o início de 2012 e, segundo o vice-ministro Pedro Sebastião Teta, apenas em Julho começam a ser inauguradas, no mesmo período em que passam imediatamente a servir o público. “Foi assim que, em cada uma das cinco províncias, foram identificados uma média de 30 candidatos, que começaram a sua formação nos vários módulos que integram componentes de catalogação, indexação comportamental e outras habilidades exigidas aos quadros da Rede de Mediatecas”, sublinhou.
 
Segundo o vice-ministro, para que essa formação tivesse êxito, foi preciso um recrutamento de pessoal por um processo complexo, pois os candidatos foram apurados com base em critérios científicos e devidamente comprovados por consultores cubanos envolvidos no processo de  avaliação e selecção.
 
No caso de Luanda, de um horizonte de três mil candidatos para cinquenta lugares, 2.400 foram eliminados por motivos documentais e somente 600 tiveram condições válidas para participar do teste.
Pedro Sebastião Teta garantiu que os candidatos de Luanda demonstraram ter um maior nível de habilidade e conhecimento académico, relativamente aos que aderiram ao concurso nas outras províncias.  Anualmente, cinco estudantes seleccionados em cada uma das províncias podem frequentar cursos superiores de Biblioteconomia no Brasil e Cuba.
 
Além disso, em Janeiro de 2012, vão ser enviados para o Brasil, 20 angolanos com licenciaturas em áreas sociais, sob indicação do Instituto Nacional de Bolsas de Estudo (INABE), para frequentarem um curso de especialização em Biblioteconomia, de dez meses, na Universidade de São Paulo. 
 
Esses quadros esperam receber noções de gestão de bibliotecas e de mediatecas, para que, em finais do próximo ano, Angola possa ter um mínimo de três técnicos qualificados em todas as províncias.
Outro grupo vai frequentar um curso intensivo de três meses no Brasil, para aperfeiçoar conhecimentos do sistema integrado das bibliotecas das universidades de São Paulo.
 
Em Angola, serão construídas e apetrechadas 25 mediatecas, entre as quais sete estarão localizadas em cada município de Luanda. Espera-se que 50 mil livros e mais de quatro mil dispositivos multimédia estejam disponíveis para as primeiras seis mediatecas a inaugurar até Dezembro de 2012.

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