Slavoj Zizek: releitura de autores clássicos e argumentos ágeis, combinando filosofia hermética e referências pop ANA YUMI KAJIKI |
Num discurso frenético, eivado de referências à cultura pop, o esloveno Slavoj Zizek conquista simpatizantes e divergentes de suas ideias a partir de um estilo marcadamente autoral
Slavoj Zizek é um dos principais críticos do mundo contemporâneo, de seus trocas econômicas e de sus eficientes ideologias. Contudo, Zizek está longe de ser uma persona non grata. É convidado para congressos importantes, financiados por grandes empresas, escreve colaborações para grandes jornais, como o New York Times, e é constantemente cortejado por diversas universidades norte-americanas e europeias.
Zizek é um fenômeno. Suas palestras atraem admiradores, seus livros vendem bem para um gênero de leitura árida (a filosofia) e ele se porta à altura deste sucesso: como um showman. Nem de longe parece um intelectual convencional, como roupas limpas, discretas e gestos comedidos. Gordo, barbado, com profundas olheiras, o filósofo esloveno prefere o jeans e a camiseta - parece mais com um autor de histórias em quadrinhos do que com o diretor de uma entidade cabeça como a Sociedade Teórica de Psicanálise da Eslovênia. É um polemista ágil e sabe tirar gargalhadas de seu público, com seu comportamento hiperativo e sua vasta coleção de anedotas, às quais recorre para ilustrar suas ideias. Boa parte de suas "parábolas" são tiradas de superfícies tão rasas quanto os noticiários de internet, piadas grosseiras e cenas de sucessos de Hollywood.
O esloveno se apresenta como um pensador marxista, mas poucos recebem tantas críticas em seus livros quanto as esquerdas. Seu dois livros lançados mais recentemente no Brasil - "Primeiro como farsa, depois como tragédia" e "Em defesa das causas perdidas" - ajudam a entender o fascínio que Slavoj Zizek exerce sobre entusiastas e críticos. Ele se explica, sobretudo, pelo estilo do autor e pelo jeito inusitado de argumentar.
Slavoj Zizek é um dos principais críticos do mundo contemporâneo, de seus trocas econômicas e de sus eficientes ideologias. Contudo, Zizek está longe de ser uma persona non grata. É convidado para congressos importantes, financiados por grandes empresas, escreve colaborações para grandes jornais, como o New York Times, e é constantemente cortejado por diversas universidades norte-americanas e europeias.
Zizek é um fenômeno. Suas palestras atraem admiradores, seus livros vendem bem para um gênero de leitura árida (a filosofia) e ele se porta à altura deste sucesso: como um showman. Nem de longe parece um intelectual convencional, como roupas limpas, discretas e gestos comedidos. Gordo, barbado, com profundas olheiras, o filósofo esloveno prefere o jeans e a camiseta - parece mais com um autor de histórias em quadrinhos do que com o diretor de uma entidade cabeça como a Sociedade Teórica de Psicanálise da Eslovênia. É um polemista ágil e sabe tirar gargalhadas de seu público, com seu comportamento hiperativo e sua vasta coleção de anedotas, às quais recorre para ilustrar suas ideias. Boa parte de suas "parábolas" são tiradas de superfícies tão rasas quanto os noticiários de internet, piadas grosseiras e cenas de sucessos de Hollywood.
O esloveno se apresenta como um pensador marxista, mas poucos recebem tantas críticas em seus livros quanto as esquerdas. Seu dois livros lançados mais recentemente no Brasil - "Primeiro como farsa, depois como tragédia" e "Em defesa das causas perdidas" - ajudam a entender o fascínio que Slavoj Zizek exerce sobre entusiastas e críticos. Ele se explica, sobretudo, pelo estilo do autor e pelo jeito inusitado de argumentar.
Leia mais sobre Zizek em: Diário do Nordeste
Nenhum comentário:
Postar um comentário