Coube ao russo Yuri Gagarin ser o primeiro homem a orbitar da Terra, num projeto que tinha apenas 50% de chance de dar certo
Foi um feito histórico que durou 108 minutos, sendo 89 deles efetivamente no espaço. Viajando a cerca de 27.400 km/h, o sorridente cosmonauta russo Yuri Gagarin deu a volta completa à Terra há exatos 50 anos. Ele atingiu 327 km acima do nível do mar a bordo da nave Vostok-1.
Gagarin também foi o primeiro homem a ver a Terra do espaço. “Eu estou vendo a Terra e ela é tão bonita!”, disse, durante seu voo. O anúncio foi ainda mais eletrizante por ter ocorrido plena Guerra Fria. O voo histórico tornou de Gagarin, de 27 anos, em herói internacional.
Dois dias após o retorno da Vostok-1 Gagarin foi a Moscou, onde apareceu na sacada do Kremlin ao lado do premiê Nikita Kruchev. O cosmonauta, que quarenta e oito horas antes era um desconhecido, tornara-se o homem mais famoso do planeta. Após a aclamação em casa, ao lado do líder máximo da União Soviética, Gagarin embarcou numa turnê pelo globo, atraindo multidões ávidas para vê-lo e saudá-lo.
Foi um feito incrível. A agência espacial americana teve que se apressar para enviar o primeiro astronauta americano ao espaço. Em maio de 1961, Alan Shepard realizadou um voo suborbital, que não atingiu a mesma altitude da Vostok 1. Foi somente em fevereiro de 1962 que outro astronauta, John Glenn, tornou-se o primeiro americano a repetir o feito russo, percorrendo a órbita terrestre.
Alto risco
Há 50 anos, muitos cientistas acreditavam que seres humanos não seriam capazes de sobreviver às condições do espaço. “Alguns psicólogos e outros cientistas diziam que humanos poderiam enlouquecer ao encarar o universo infinito”, disse Boris Chertok, que trabalhou com Sergei Korolyov, considerado o pai do programa espacial russo.
Alto risco
Há 50 anos, muitos cientistas acreditavam que seres humanos não seriam capazes de sobreviver às condições do espaço. “Alguns psicólogos e outros cientistas diziam que humanos poderiam enlouquecer ao encarar o universo infinito”, disse Boris Chertok, que trabalhou com Sergei Korolyov, considerado o pai do programa espacial russo.
Os desafios tecnológicos também pareciam desanimadores. Inúmeras falhas de equipamento afetaram missões experimentais anteriores ao voo de Gagarin. "Nós percebemos que os riscos eram muito altos", disse Chertok à repórteres, na semana passada.
Chertok, de 99 anos, afirmou que a equipe soviética fez o possível para minimizar riscos, embora tenha admitido que eles continuavam altíssimos para os padrões dos programas espaciais modernos. Ele disse que a autorização para um voo como o de Gagarin dificilmente ocorreria nos dias de hoje. A nave Vostok sequer era capaz de pousar em segurança: Gagarin lançou-se de paraquedas durante a descida, a uma altitude de 7 km. Ele chegou ao solo vários minutos depois de sua cápsula.
Chertok, de 99 anos, afirmou que a equipe soviética fez o possível para minimizar riscos, embora tenha admitido que eles continuavam altíssimos para os padrões dos programas espaciais modernos. Ele disse que a autorização para um voo como o de Gagarin dificilmente ocorreria nos dias de hoje. A nave Vostok sequer era capaz de pousar em segurança: Gagarin lançou-se de paraquedas durante a descida, a uma altitude de 7 km. Ele chegou ao solo vários minutos depois de sua cápsula.
Fonte: iG Último Segundo Ciência
Nenhum comentário:
Postar um comentário