Os delegados do PCC debateram durante meses os pontos econômicos a serem alterados |
Os delegados ao VI Congresso do Partido Comunista de Cuba (PCC) iniciaram neste domigo o trabalho em comissões com o propósito de adiantar os debates que conduzam à atualização do modelo econômico do país. Ao todo, 1 mil participantes se concentrarão em cinco comissões responsabilizadas por levar a termo a aprovação do objetivos expressos nos Alinhamentos da política econômica e social do Partido e a Revolução, um projeto de transformações estruturais e conjunturais que soma 311 parágrafos.
Durante a abertura do encontro, que termina no próximo dia 19, o segundo-secretário do PCC, Raúl Castro, defendeu a continuidade da Revolução e o rejuvenescimento sistemático da direção da organização e do Governo. Ao apresentar o Relatório Central na abertura do Congresso, na véspera, colocou a necessidade da formação de quadros substitutos suficientemente preparados para assumir as maiores responsabilidades perante a nação. O também presidente cubano afirmou que o rejuvenescimento deverá incluir desde os cargos na base até as principais responsabilidades. O congresso também será designado neste encontro.
Castro também recomentou a limitação de um máximo de dois períodos consecutivos de cinco anos para o exercício dos cargos na máquina pública e no PCC, além de manifestar seu apoio ao reforço da institucionalidade no país, que será garantia por uma política de renovação do socialismo em Cuba. Ele também anunciou a Conferência Nacional do PCC para janeiro de 2012.
No documento, o dirigente partidário alertou para a necessidade de se reduzir os níveis de improviso e as decisões apressadas no gerenciamento econômico do país e referiu-se à necessidade das racionalizações para obter maiores resultados com despesas menores. “Não se pode gastar mais do que se ganha”, ratificou o chefe de Estado diante dos 997 delegados do PCC presentes à reunião no Palácio das Convenções.
Raúl Castro destacou que, na realidade, o Congresso do PCC começou há meses pois, desde dezembro passado até dia 28 de fevereiro, desenvolveu-se o debate sobre o projeto de alinhamentos em mais de 163 mil assembleias com a participação de oito milhões 913 mil pessoas.
– Este processo colocou à prova a capacidade do PCC de promover um diálogo transparente com toda a população cubana, sobretudo quando se trata de buscar um consenso nacional sobre as profundas transformações que devem caracterizar o modelo econômico e social do país – afirmou Raúl.
Em seu discurso, o estadista assegurou que o país caribenho continuará se defendendo das agressões dos Estados Unidos, ao mesmo tempo em que reiterou a disposição ao diálogo bilateral baseado no respeito mútuo. O líder do PCC apontou ainda que “a administração estadunidense segue com seus planos de destruir à Revolução cubana, e atualmente financia projetos para subverter a ordem da nação”.
Fonte: Correio do Brasil
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