Eu nunca havia lido um livro de Paulo Freire; apenas um livro que vários autores compilaram de textos seus. Isso foi nos tempos idos de 2005/06. Mas ler Paulo Freire é mais ou menos como aqueles chamados que nós recebemos frente aos velhos problemas da Educação Brasileira. Com escolas sem bibliotecas e professores que não lêem na sua grande maioria, assim nós vamos tentando montar o país do futuro sem fazer realmente a lição de casa, nos enganando a nós mesmos...
Mas voltando ao livro, Paulo Freire nos alerta que o processo da leitura se dá muito antes de a criança entrar na escola, porque antes de se ler palavras, o ser humano tem de aprender a ler o mundo, a vida, as árvores, a sua realidade, o seu entorno. É incrível o que ele nos mostra neste texto, nos demonstrando o quanto a sala de aula e bibliotecas podem se tornar espaços de abuso de poder e punição. “Ninguém sabe tudo; alguém sempre sabe alguma coisa”.
“Inicialmente me parece interessante reafirmar que sempre vi a alfabetização de adultos como um ato político e um ato de conhecimento, por isso mesmo, como um ato criador” p. 21.
Indico a leitura para aqueles que, de uma forma ou de outra, vão atuar em sala de aulas ou bibliotecas. Livro imprescindível para resgatar um pouco do valor perdido desses espaços sempre tendo o outro como sujeito e não objeto.
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